Além desses benefícios, a Cirurgia Cardíaca Robótica é considerada superior aos procedimentos minimamente invasivos convencionais por dispensar o manuseio dos instrumentos diretamente pelo cirurgião. No caso, apenas um médico auxiliar fica próximo à mesa cirúrgica, observando todo o procedimento por uma televisão, enquanto o primeiro-cirurgião passa a atuar a distância, controlando, por meio de um console, os movimentos de um sistema robótico, chamado Da Vinci, que, por meio de incisões mínimas (geralmente apenas três, de 2 a 4 mm), é capaz de realizar procedimentos cardíacos complexos de forma precisa e evitando grandes riscos.
O sistema robótico Da Vinci é formado por quatro braços poliarticulados, com flexibilidade de 360º e movimentos precisos. Três desses braços robóticos manipulam pinças cirúrgicas na ponta, enquanto o quarto braço está equipado com uma microcâmera, a qual, ao ser inserida no tórax do paciente, capta imagens tridimensionais e em alta definição com uma ampliação de 10x. Essas imagens são então enviadas ao console e é a partir delas que o cirurgião opera, comandando o robô, cujos braços imitam de forma delicada e precisa os movimentos que o cirurgião faz nos joysticks.
Atualmente, a Cirurgia Cardíaca Robótica é mais utilizada para a correção de valvopatias mitral, aórtica e tricúspide; na correção cirúrgica da fibrilação atrial; na correção da comunicação interatrial (CIA); na ressecção de tumores intracardíacos; e em alguns casos de revascularização do miocárdio.
A primeira Cirurgia Cardíaca Robótica foi uma revascularização do miocárdio, realizada em 1999 pelo Dr. Walter Douglas Boyd, na Universidade da Califórnia, em Davis (UC Davis Health System).
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Dr. Walter Douglas Boyd, professor de cirurgia da divisão cardiotorácica da UC Davis Health System |
Já no Brasil, em 16 de março de 2010, foi realizada a primeira Cirurgia Cardíaca Robótica da América Latina, no Hospital Israelita Albert Einstein, pelo Dr. Robinson Poffo, em uma paciente de 34 anos que sofria de comunicação interatrial, a qual se recuperou muito bem e, após dois dias da cirurgia, já pode voltar para casa. Em 2011, a equipe do Dr. Poffo operou com sucesso mais 12 pacientes por meio da Cirurgia Cardíaca Robótica, contribuindo para estabelecer no país mais esse avançado procedimento cirúrgico.
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Dr. Robinson Poffo, coordenador da Cirurgia Cardíaca Institucional do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) |
A tecnologia junto com a medicina estão de parabéns. Precisamos desse avanço.
ResponderExcluirRealmente, os pacientes só têm a se beneficiar com mais esse avanço!
ExcluirParabéns,adorei a matéria !!!Um grande abraço pra todos.
ResponderExcluirA LCCV agradece pelo carinho! Continue nos visitando! ;)
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